As eleições para Conselheiro Tutelar demonstraram não só a consciência
do povo do Varjão para o assunto, mas também o desenho político nas Regiões
Administrativas.
No Varjão o grande derrotado foi o Ex-administrador Zé Maria,
que após ter sido expurgado da administração regional, acusado do desvio dos
brinquedos doados pela Receita Federal para uso em beneficio próprio, peculato,
entre outras acusações, depositou suas fichas numa suposta caravana com
brinquedos infláveis e apresentações circenses com o objetivo de manter no Conselho
Tutelar, sua pupila, dizem as más línguas, mais papila do que pupila. Não deu
certo.
A coisa começou a desandar já no fracasso da caravana, um
fiasco que não conseguiu encantar nem mesmo as crianças. Porém o baque mesmo
foi quando o Zé Maria só conseguiu acertar minguados 13 pontos na prova classificatória.
Um manto de decepção e frustração desceu sobre a cabeça da caravana. Apostar
todas as fichas num único projeto e com enorme chance de fracassar era um risco
muito grande.
Na eleição dos Conselheiros Tutelares o que se viu foi uma
liderança em declínio absoluto, um Zé Maria muito antes da vírgula, misturado
aos zeros, apático, apagado, desacreditado. E agora com a derrota de seus
candidatos; um ex-zé do povo.
Zé Maria não serve mais nem pra ser um Zé qualquer, por que
hoje não passa de um Ex-Zé qualquer!
E, definitivamente, na insignificância, fechou a luz e apagou
a porta.